domingo, abril 19, 2009

Alienando.

Já pararam para pensar no significado dos sentimentos?
Mágoa, segundo Houaiss, é um desgosto recolhido cujas marcas transparecem no semblante, nas palavras; tristeza, amargura e pesar. Já Aurélio, define mágoa como paixão. E eu interpreto mágoa como o fim de uma paixão. Estranho? Talvez.
Medo, sentimento de viva inquietação ante a noção do perigo real ou imaginário, de ameaça; temor. O medo exaltado se transforma em pavor. Provoca reações físicas, como descarga de adrenalina, e psíquicas, como depressão e pânico.
Raiva, por que será que tanta gente desenvolve esse tipo de sentimento? Caracterizado pela insegurança, gera um protesto contra alguma coisa ou alguém, que se exterioriza quando o EGO sente-se ferido e/ou ameaçado. A raiva prolongada é denominada rancor.
Aí a coisa começa a ficar complexa, o rancor é um tipo de ódio, tal como a antipatia, a aversão, o desgosto. E além de tudo, o ódio é um sentimento oposto ao amor, ou seja, raiva, rancor e ódio (claro, entre outros fatores) não são características e uma pessoa que ama. Ou será que a mágoa originada do fim de um relacionamento gera medo, raiva e rancor? Qualquer um fica apavorado com essas dúvidas.
Mas no meio de tantas dúvidas, será que o amor não é o remédio para a "cura" dos males causados por ele mesmo? É válido pensar que sim, pois no meio desse turbilhão de emoções o que sempre fica é a saudade. Nossa alma sempre busca o que nos faz bem. Os calendário da alma não tem antes nem depois. Na alma, o tempo é sempre presente. Ela vive chamando de volta um tempo que já passou: isso tem o nome de saudade.
A alma é atrasada. Não quer progresso. Não quer ir para o futuro. O que ela deseja mesmo é voltar para o passado, porque como diria Rubem Alves, é no passado que moram os objetos que nós amamos e perdemos. A alma navega sempre ao contrário, na direção do amor.

terça-feira, abril 07, 2009

Certas Coisas

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado
Como quem houve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Mas somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
(Lenine)

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